terça-feira, novembro 28, 2006

Carroça Vazia


Carroça Vazia

Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer. Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silêncio me perguntou:
- Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?
Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:
- Estou ouvindo um barulho de carroça.
- Isso mesmo, disse o meu pai. É uma carroça vazia.
Perguntei de imediato ao meu pai:
- Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?
Ora, respondeu o meu pai. É muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça maior é o barulho que faz.
Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando (no sentido de intimar), tratando o próximo com grossura inoportuna, prepotente, interrompendo a conversa de todo o mundo e, querendo demonstrar que é dona da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo: “Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz…”
Pensem nisto…

Tenham um Bom Dia!

sábado, novembro 25, 2006

The Toy Dolls in TOKYO with Lolita No.18

E porque ando com saudades do Punk, aqui fica a melhor versão do "Livin'la Vida Loca."

domingo, novembro 19, 2006

Jorge Costa está a trabalhar bem

boa estreia do Orelhas à frente do futebol do slb...

"Não saio daqui satisfeito. Saio desgastado com esta situação pois não vi o Benfica a jogar à bola: vi alguns rapazinhos a correr. Daqui para a frente a atitude em todos os jogos terá de ser diferente" (Luis Filipe Vieira in Antena 1)

"Os profissionais do Benfica têm que saber o que é camisola do Benfica. O Benfica cumpre com os jogadores e hoje os jogadores tinham que ter outra atitude dentro deste campo. É uma situação que vamos resolver internamente" (Luis Filipe Vieira in Antena 1)
Danificar a camisola e o clube!

sexta-feira, novembro 17, 2006

Tributo FC Porto

quinta-feira, novembro 16, 2006

Aborto - Interrupção Voluntária da Gravidez

O aborto não pode ser considerado como caso singular. É evidente que o problema é de ordem particular, mas a adição dos vários problemas particulares constitui um problema social.
Pelo elevado número de abortos que se fazem no mundo, dando lugar a uma variedade de métodos, de entre os quais os mais utilizados são: a sucção (utilizado no primeiro trimestre de gravidez); a dilatação (utilizado da sétima à décima segunda semana de gravidez); injecção salina (primeiros meses de gravidez até à décima nona semana). E embora a técnica do aborto se tenha aperfeiçoado, e muitos abortos clandestinos se pratiquem na actualidade em melhores condições, a verdade «é que persiste na generalidade a aplicação de métodos primitivos e brutais, principalmente entre as camadas da população economicamente mais desfavorecidas: intoxicantes e venenos, o tampon, os processos primitivos de perfuração e deslocamento das membranas com a ajuda de hastes muitas vezes infectadas, as injecções intra-uterinas com substâncias irritantes, etc.»

Só uma minoria de mulheres das classes média - alta e alta tem ao seu alcance clínicas especializadas e processos cirúrgicos que tornam o aborto numa operação normal.

Verifica-se uma tendência para considerar o aborto como uma manifestação própria das sociedades contemporâneas, contudo, o aborto não é novidade na história da humanidade, uma vez que se encontra relacionado com a faculdade que o homem tem de intervir na natureza por intermédio da cultura.

Poderemos encontrar referências ao aborto em todos os tempos: na Grécia, onde o aborto era justificado por diversos motivos, seja porque a gravidez se encontrava nos seus primeiros meses e se considerava que o feto não estava animado, a Roma, onde o embrião era considerado como uma parte da mãe e, por isso, quem abortava fazia-o dispondo do seu corpo.

A referência mais antiga é a que foi descoberta nos arquivos reais da China de 3000 anos a. C.

O fundo de convicções de origem judaica subjacente ao cristianismo impediu a aceitação desses métodos mais ou menos radicais (aborto, juntamente com uma contracepção mais do que artesanal, o infanticídio e o abandono dos recém-nascidos não desejados).

Dourlen-Rollier afirma que «a condenação do aborto é essencialmente fruto da filosofia cristã, pois a maioria das sociedades pré-cristãs admitiam a interrupção da gravidez, prática aceite tanto pela moral como pela política». No mundo cristão sempre foi considerado ilícito o facto de se cometer um aborto, e assim foi considerado por praticamente todas as confissões na Europa cristã.

Não sendo, portanto um fenómeno exclusivo da sociedade actual, o aborto, dada a extensão que atinge nas últimas décadas, assume aspecto de novidade, quer na perspectiva social, quer na perspectiva sociológica.

Actualmente, a ideia contra o direito ao aborto conhece uma renovada difusão, e este facto está associado ao neofascismo, nacionalismo e outros temas reaccionários, que o auge da direita em processo quer impor, como ideologia dominante do final de século, combinado com o entusiasmo dos fundamentalistas religiosos, dos tecnocratas e do patriotismo exacerbado. Todos estes movimentos têm como máxima, fazer do acto de abortar um acto culpável, clandestino e perigoso, sem se proporem a eliminar as suas causas ou torná-lo não necessário, mas apenas, pedindo a repressão e a punição do facto.

A base do ideal antiabortista assenta no seu vitalismo extremista: assegura-se que o feto é uma vida humana, para argumentar como significado ambíguo do término da vida. Uma coisa é falar da vida do feto com igual sentido de que se tratasse da vida extra-uterina, como se já se apresentasse no seio materno (esse mínimo de autonomia e separação do outro), que define a existência individual humana. Invocam-se expressões como: o feto é vida, a pessoa é vida, e, consequentemente, o feto é pessoa.
Por isso e a fim de salvaguardar a saúde reprodutiva e os direitos das mulheres, a interrupção voluntária da gravidez deverá ser legal, segura e universalmente acessivel;
Os governos devem por isso:
  1. abster, em quaisquer circunstâncias, de agir judicialmente contra mulheres que tenham feito abortos ilegais;
  2. acompanharem as adolescentes grávidas, quer estas queiram interromper a gravidez quer queiram levá-la a cabo, e a garantir a continuidade da sua educação;
  3. garantirem a disponibilidade de informação imparcial, científica e facilmente compreensível, bem como de serviços de aconselhamento em matéria de saúde sexual e reprodutiva, incluindo a prevenção de casos de gravidez não desejada, assim como sobre os riscos decorrentes de abortos perigosos praticados em condições inadequadas.

Resolução do Parlamento Europeu sobre direitos em matéria de saúde sexual e reprodutiva.

A interrupção voluntaria da gravidez em Portugal deveria ser permitida até as 12 semanas a partir da concepção, por solicitação da mulher.

Acima das 12 semanas até as 24 semanas

  • Violação ou outro crime sexual;
  • Quando a mulher é menor (menos de 14 anos).

Sem limite

  • Ameaça da vida ou saúde física ou psíquica da mulher;
  • Risco de doença grave e incurável do feto.

Condições

  • Consulta com um médico;
  • Período de ponderação obrigatório (6 dias);
  • Aconselhamento obrigatório sobre alternativas à interrupção voluntaria da gravidez, como a adopcão;
  • Consentimento dos pais nos caso de menores;
  • O parecer de segundo médico, nos casos de grave risco para a saúde da mulher ou se for considerado que o feto poderá sofrer uma doença grave e incurável.

Fonte: Interrupção Voluntária da Gravidez: posições face a um problema social ? – Catarina Tomás e Interrupção Voluntária da Gravidez - Panorama Legal na Europa.
Foto Fonte: Olhares

quarta-feira, novembro 15, 2006












A melhor frase do Veiga em entrevista à TVI :
"Quem não deve não teme."


Foto: Joojim ( www.olhares.com)

segunda-feira, novembro 13, 2006

Toy Dolls

Para começarmos a semana a abrir e para homenagear a música Punk. Ai que saudades!!!!

domingo, novembro 12, 2006

Uma informação muito útil para os músicos deste blog...
Um bem haja ao Estúdio da Ribeira...

http://oviciodaarte.blogspot.com/2006/11/reportagem-salas-de-ensaio-parte-iii.html

sábado, novembro 11, 2006

Soft Cell - Say Hello, Wave Goodbye

Uma das musicas + giras que conheco com o gajo feio, mais giro que conheço..:) Say HEllO to MARC ALMOND!bj.S

Lenda de São Martinho

Havia, há muitos anos, um soldado romano, rico, que, a cavalo, fazia as suas rondas pela cidade a ver se estava tudo em ordem. E uma vez, por alturas de novembro, saiu, como de costume, debaixo de uma chuva miudinha e fria. No caminho, apareceu-lhe um velho, pobre e quase nú, que lhe pediu esmola. O então cavaleiro Martinho, não tendo à mão nada que lhe dar, tirou a capa que levava aos ombros e, com a espada, cortou-a ao meio, cobrindo com metade os ombros regelados do mendigo. E seguiu o seu caminho.
Não ia ainda longe quando, sem mais nem menos, a chuva parou e um sol bonito raiou no céu.
É por isso que ainda hoje, pela altura de S. Martinho, um sol radioso costuma aparecer e a que se chama o “ Verão de S. Martinho”.

Foto tirada em Vigo...

sexta-feira, novembro 10, 2006

INACEITAVEL!!!

VER PARA ACREDITAR

O golfinho é o único animal que gosta do Homem desinteressadamente (sim, cães, gatos e cavalos - e outros animais - gostam de nós, mas esperam protecção e/ou comida em troca). O golfinho nada espera do Homem, é um animal naturalmente bom e amistoso e CONFIA no ser humano.

No Japão, país de alta tecnologia, é assim os que lhes é retribuído
esse amor.

http://www.glumbert.com/media/dolphin

...mas, nos Açores, também se continuam a matar golfinhos para usar a sua Carne como isco... na pesca do ATUM.

Não é necessário ser ambientalista para ficar chocado com estas imagens...
Horrivel!!!

quinta-feira, novembro 09, 2006

Ainda Maior Entrevista a Alberto João Jardim

Andy Goldsworthy


























Nascido em 1956, Andy Goldsworthy é hoje um dos maiores escultores e artistas plásticos no campo naturalista e ambientalista. Sempre aliados a um excelente registo fotográfico, que os imortalizam, todos os seus trabalhos são feitos tão delicadamente como os materiais utilizados (pedras, folhas, neve..), numa tentativa (conseguida) de desenhar/mostrar a efemeridade do ambiente que os rodeia, raramente usando máquinas ou grandes utensílios nos seus projectos.
Os trabalhos não alimentam nenhum ego ganâncioso nem nenhuma sede de sucesso; nascem com inspiração e inspiram.
David Fonseca@Gato Fedorento

Muito bom!!!
O gajo é o maior.
Digam lá se não parece uma música a sério!!
He-Man and the Masters of the Universe TV Theme

Porque recordar é viver
David Bowie - When I'm Five

trintaeum

quarta-feira, novembro 08, 2006

adepto do benfica

Recantos





Integrado no "roteiro" pelo Porto "a olho e passo de turista", fica UM dos muitos exemplos que tornam a nossa invicta num misto de espaços e significados, onde a linha entre cidade e "campo" pode e deve, cada vez mais, tornar-se amigável e ténue.

terça-feira, novembro 07, 2006

Terráqueos

Rui Rio, a genealogia da moral pública

Dizer que o despacho é um "exemplo" para o país só pode fazer sentido numa cabeça povoada pelos fantasmas da perseguição e da intolerância

Rui Rio anunciou na semana passada mais um contributo da sua genialidade política para o progresso da nação. De forma a acabar com a "perversa cultura de mão estendida", para erradicar o "preocupante fenómeno de desajustada subsidiodependência" que se lhe afigura "castrador do desenvolvimento", o presidente da Câmara do Porto decidiu acabar com os subsídios. Tanta filosofia política vertida para um único despacho, tanta coragem concentrada numa acção que vai gerar óbvios protestos devem ter exigido ao autarca profundas reflexões. Ou talvez não. Em cinco anos de mandato, Rio jamais deu sinais de que uma medida deste alcance pudesse acontecer. Já tinha reduzido à míngua o orçamento para a cultura, já tinha manifestado o seu desprezo pelos criadores, já tinha até teorizado sobre a dicotomia entre pobres e artistas, os que precisam e os que recebem. A aprovação do despacho foi, ainda assim, um gesto intempestivo.
Saber se o que moveu Rio foi o interesse público ou a obsessão que o leva a querer vergar os que ousam pensar de maneira diferente faz toda a diferença. E Rio dá a resposta, quando faz constar no despacho o escândalo de haver quem, "inclusive", recorre ao tribunal "para que lhe seja reconhecido o direito ao subsídio". Ou seja, Rio não tolera que alguém confunda esmolas com direitos. Não interessa que o subsídio em causa, de 25 mil euros, tivesse sido, de facto, prometido ao Teatro Art"Imagem, que organizou um festival em que o logótipo da câmara apareceu com o destaque negociado; pouco importa que o Teatro Art"Imagem estivesse, de facto, para receber a verba prometida em Outubro. E, muito menos, não convém divulgar que o pagamento da promessa não aconteceu apenas porque, num gesto de dignidade, os dirigentes da companhia recusaram rubricar um protocolo com uma cláusula censória que os obrigava a "abster-se de, publicamente, expressar críticas que ponham em causa o bom nome e a imagem do município do Porto".
Dizer que o despacho é um "exemplo" para o país só pode, por isso, fazer sentido numa cabeça povoada pelos fantasmas da perseguição e da intolerância. O que, no seu teor, sobra em ressabiamento, falta em dimensão cívica. Nada de novo, aliás. Há anos que Rio tenta, por exemplo, condicionar a independência de todos os jornais com redacções importantes no Porto. Mas, neste caso, deu conta que, em Portugal, não há lugar para "queridos líderes" e tentou contornar a liberdade de imprensa investindo em spin doctors que tutela e em ecrãs espalhados pela cidade nos quais veicula a verdade oficial. No caso da cultura, a tentativa de esmagamento de um pensamento próprio fez-se de forma menos subliminar. Só se dá esmola a quem a merece. E só a merece quem não critica. Como, felizmente, houve quem dissesse "não", como José Leitão do Art"Imagem, ou Arnaldo Saraiva, da Fundação Eugénio de Almeida, Rio decidiu acabar com os subsídios. Sabendo a história, dizer que esta medida revela preocupação com o dinheiro dos contribuintes é grossa mistificação. O que está em causa é uma atitude persecutória de um político a quem falta cultura cívica e tolerância democrática. O Porto, que, como dizia Garrett, troca os vês pelos bês mas nunca a liberdade pela servidão, tem um homem assim à frente da câmara.
Fonte: Editorial do Jornal o Público, por Manuel Carvalho, 7 de Novembro de 2006

segunda-feira, novembro 06, 2006

Dave matthews band playing Gravedigger at The Gorge.

São raras... mas há alturas em que quase sinto "inveja" dos Norte Americanos, esta é uma delas...

sexta-feira, novembro 03, 2006

Mais um espaço de música alternativa na nossa cidade...

Desde já os meus parabéns pela excelente ideia e pela concretização.

http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=7402