Um Blog que percorre o domínio da especulação intelectual,difundindo a actividade cultural, moral e social do Porto XXI.
sexta-feira, novembro 30, 2007
Boys Noize: Os meninos dançam
É um dos mais eficazes concentrados de energia gravados em disco nos últimos tempos e arrisca-se a obrigar muitos a dançar neste final de ano. "Oi Oi Oi", o álbum de estreia de Boys Noize, une rock e electrónica sem procurar grandes reinvenções e tendo como meta principal a aceleração numa pista de dança. E consegue-o como poucos.
Recentemente, a música de dança tem ganho alguns nomes que recuperam uma pujança e energia comparáveis às de outros que a catapultaram para o mainstream em meados da década de 90.
Projectos como os Justice, Digitalism, MSTRKRFT ou Simian Mobile Disco, entre outros, injectam hoje nas pistas uma visceralidade não muito distante da praticada por uns Prodigy, Chemical Brothers ou Daft Punk na década passada. Estes últimos são especialmente reconhecidos como uma das maiores influências de novos artistas em ascensão, e as fusões electro, rock, house e por vezes disco que os seus sucessores demonstram não deixam muitas dúvidas desse legado.
É o caso do alemão Alex Ridha, mais conhecido como Boys Noize, que no seu álbum de estreia, "Oi Oi Oi" se afirma como mais um nome confirmar a tendência. As suas remisturas para gente como os Bloc Party, Kaiser Chiefs ou Depeche Mode já haviam demonstrado a sua precisão na gestão de ritmos infecciosos e abrasivos, e o disco segue essa linha através de batidas cruas, sintetizadores distorcidos, vocoders ruidosos e melodias ácidas.
Directo e intenso, "Oi Oi Oi" é um prodígio de eficácia nas pistas de dança, obrigando ao movimento dos músculos e susceptível de levar à euforia generalizada.
Temas como "& Down", que abre o disco de forma certeira, "Arcade Robot", com hipnóticas ondulações circulares, ou o contagiante e muito catchy "Oh!" justificam atenção, funcionando enquanto portentos de energia cinética e composições imaginativas. "Shine Shine" é um interessante misto de vozes robóticas e atmosferas um pouco mais apaziguadas e "Don't Believe the Hype" propõe uma absorvente viagem por camadas electro, e ainda que nada disto seja especialmente inovador prova que Boys Noise é um nome a reter.
Mesmo assim, embora todo o alinhamento seja inegavelmente funcional numa pista de dança, nem tudo resulta bem noutros contextos, e em audições caseiras "Oi Oi Oi" pode cansar pela repetição de ideias em algumas canções, que denunciam o escasso electismo do alinhamento. "The Battery" ou "Wu-Tang (Battery Pt.2)" são disso exemplo, queimando muita energia sem sairem da previsibilidade, lembrando os momentos mais fracos de "Human After All", o último de originais dos Daft Punk, registo que no geral "Oi Oi Oi" consegue superar.
Não sendo um disco de eleição, a estreia de Boys Noize cumpre e impõe-se como um sólido party album, ainda que obscuro q.b., e é especialmente recomendável na edição britânica, que inclui como tema bónus a estupenda remistura para "My Moon My Man", que não só esmaga qualquer outro momento como é uma das melhores que se ouviu em 2007
Boys Noize"& Down"
Fonte: SAPO Notícias
terça-feira, novembro 27, 2007
segunda-feira, novembro 26, 2007
joey jordison
Um dos melhores bateristas do mundo... para quem não o conhece, é baterista e guitarrista dos Slipknot e é essência da banda. Costuma tocar de mascara como o resto do grupo e é um “ÁS” na bateria, apesar de eu não gostar muito da sua banda, o reconhecido mérito que lhe é imputado é também por mim partilhado. Já colaborou com os Korn, os Metálica etc etc etc trazendo sempre algo de novo ás musicas em que colabora ou nos concertos que dá, por isso, partilho convosco este solo fantástico de um baterista genial.
Ai os aeroportos em Portugal!!!
Depois de o presidente da Ryanair, Michael O'Leary, ter vindo a público acusar a empresa de estar a travar o crescimento do aeroporto do Porto, a ANA repudiou as declarações, numa nota de Imprensa, na qual dá a entender que em causa está a necessidade de dar as mesmas condições a todas as companhias.
- "Por que é que a ANA não oferece o mesmo desconto nas taxas a qualquer companhia que garanta quatro milhões de passageiros nos próximos anos?", questiona Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto (ACP), que foi contactado pela direcção da Ryanair para interceder junto da ANA.
- "É mesmo uma posição de Estado. Se o aeroporto fosse privado isto não acontecia", refere Couto dos Santos, vice-presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP).
- "Há aqui quatro milhões de passageiros à mão de semear. Temo que isto possa servir de motor para o investimento na requalificação do aeroporto de Vigo", alerta Rui Moreira.
O que pede a Ryanair?
- Desconto nas taxas
- Para criar uma base no aeroporto Francisco Sá Carneiro, a Ryanair pede um desconto de quatro euros por passageiro embarcado (inclui viagens de ida e volta), verba a deduzir no valor total das taxas que o aeroporto cobra à companhia aérea de baixo custo.
- Espaço para escritórios e pernoita de aviões
- A base da Ryanair implica a disponibilização de espaço para escritórios no aeroporto, bem como a possibilidade de os aviões pernoitarem no Sá Carneiro, com tripulação e pessoal de manutenção das aeronaves.
- Aumento de meio milhão de passageiros por ano
- Com uma base no aeroporto do Porto, a Ryanair garante 1,5 milhões de passageiros ao fim de um ano de funcionamento e um crescimento sucessivo, durante sete anos, de meio milhão de passageiros anuais. Estima-se que cada cliente da low cost gaste nas imediações do aeroporto entre 125 a 150 euros. O acordo tem de durar pelo menos dez anos, estabelece a companhia aérea.
- Emprego a 200 pessoas
- Duzentos empregos directos são garantidos pela Ryanair com a instalação da base no Porto.
domingo, novembro 25, 2007
Tourada Americana!!!
Estão a ver como se conseguem divertir com os touros sem ter que espetar espadas, bandeirinha ou outra coisa qualquer!!!
E o touro saiu... limpinho...
sexta-feira, novembro 23, 2007
Por qué no se calla Hugo Chávez
Em suma, esta nova filosofia política nacional da Venezuela conhecida por Bolivarianismo, é caracterizada por defender uma autonomia nacional sendo esta uma das razões porque Chávez e a Venezuela se desvinculam do direito internacional, optando por em 2007 sair do FMI e do Banco Mundial; por uma maior participação do povo, mediante eleições e referendos tentando aproximar-se do modelo de democracia directa; procura uma ética de serviço publico sendo o serviço publico sempre justificado pelo interesse do seu destinatário - o povo, justificando-se por exemplo, assim o encerramento da televisão privada; a distribuição justa dos rendimentos do petróleo levando a uma renegociação dos royalties, dos direitos de concessão de exploração do petróleo venezuelano e por último uma luta contra a corrupção.
A importância de Chávez, advém não só do peso da sua decisão na OPEP, como também do peso da sua economia enquanto parceira dos restantes Estados latino-americanos, mas sobretudo, pela sua direcção política que adoptou contra os EUA, contagiando os restantes Estados, nomeadamente o Brasil e a Bolívia. Chávez irá contar com a oposição norte-americana, com a oposição interna das elites, quer dos conservadores católicos, quer com a oposição das associações sindicais e patronais, quer com a oposição da elite ligada ao petróleo e a função pública, mas ao apoiar-se na população de descendência indígena que vive no limiar da miséria consegue uma significante massa de apoio mas torna-se um dos líderes mais controversos da América Latina.
Chávez associou-se à guerrilha denominada de MBR (Movimento Bolivariano Revolucionário), instalada junto à fronteira com a Colômbia. Ainda hoje é acusado de colaboracionista com a guerrilha/ máfia da droga da Colômbia. A primeira vez que Chávez aparece na cena política venezuelana foi quando participa no golpe de Estado fracassado, contra o então Presidente venezuelano, Carlos Pérez, sendo preso e posteriormente libertado, 2 anos depois em 1994, quando funda o partido/ movimento “V República”. Este partido irá iniciar uma oposição aos 2 partidos que governavam a Venezuela e que são o COPEI, de pendor democrata-cristão, e a Acção Democrática, mais liberal.
Chávez ganha as eleições presidenciais de 1998, é assim, eleito democraticamente com a maioria dos votos. A partir de 1998 procede a uma verdadeira revolução política, económica, social, segundo os críticos, transformando-se num ditador corrupto ao nacionalizar os factores produtivos da nação, por exemplo, pede ao parlamento poderes especiais quase ilimitados para governar, dissolve o Congresso, declara o Estado de emergência, altera e reestrutura o sistema venezuelano e promove a criação de uma nova Constituição, transformando a Venezuela na República Bolivariana da Venezuela, confirma definitiva a democracia como modelo político e económico e proíbe qualquer tentativa de privatização dos recursos petrolíferos.
Por força de uma nova Constituição realizam-se novas eleições legislativas e presidenciais, confirmando-se novamente a vitória de Chávez. Reforça-se a reestruturação económica, nomeadamente, reorganiza as centrais sindicais, procede à reestruturação de algumas empresas, aumentando assim, a oposição interna e externa a Chávez, nomeadamente, da elite estrangeira, que tem agora meios interlocutores na Venezuela, a elite interna “renovada” dos principais cargos políticos e os imigrantes, sobretudo europeus, que se sentem perseguidos.
segunda-feira, novembro 19, 2007
Duran Duran - Falling Down
Produzido por Justin Timberlake (que também canta) e Timbaland, o novo single dos Duran Duran tem um teledisco que já foi considerado para maiores de idade. Em causa estão manequins numa clínica de reabilitação, num clip rodado por Anthony Mandler, o realizador de «When You Were Young», dos Killers. Red Carpet Massacre , o 11º álbum da banda de Simon Le Bon, esta a partir de hoje á venda.
sexta-feira, novembro 16, 2007
A Pantera Cor-de-Rosa
E não será a camisola de um dos clubes da segunda circular uma tentativa idêntica ao movimento da Pantera Cor-de-Rosa?? O seu avançado centro (ou ponta-de-lança) será ele ou ela?? E porque é que jogam tanto (tempo claro) e nunca se vê nada??
quinta-feira, novembro 15, 2007
Eduardo Mourato - "The Blue Ocean"
Não podia deixar o MOURATO passar sem vos apresentar.
DO BLOGUE PENSAMENTO INVICTO PARA O MUNDO, EIS A SENSAÇÃO DO MOMENTO, CONVOSCO DIRECTAMENTE DOS AÇORES MOURATO.
PS: Dizem que tem futuro na sua aldeia... e o nome não vos faz lembrar alguem??
quarta-feira, novembro 14, 2007
Trabant já tem meio século
O Trabant é, mais do que qualquer outra coisa, um ícone da divisão do mundo, tal como o século XX o conheceu, em duas esferas ideológicas. (...)
Começado a construir em 1957, mais precisamente a 7 de Novembro, na fábrica da Sachsenring (que justifica o S que distingue a marca), na cidade de Zwickau, o Trabant, cujo nome remete para a típica expressão comunista de camarada, neste caso “camarada de viagem”, foi pensado para fazer face à escassez de meios e materiais com que o Leste da Europa se confrontava.Feito de uma espécie de fibra de vidro misturada com algodão reciclado, o Trabant foi feito para durar, apesar dos desafios que o frio extremo do Leste europeu colocava aos frágeis materiais. Mas sobreviveu. Sobreviveu à queda dos regimes comunistas para cujos ideais foi construído. E é hoje um objecto de culto dos alemães e checos que não se desfazem dos seus Trabant. E é também uma dor de cabeça para quem se dedica à reciclagem de carros usados, uma vez que o seu material reciclado, ironicamente, é quase impossível de reciclar. (...)
Joy Division - She's Lost Control (Live 1979)
She said I've lost control.
She's lost control again.
She's lost control.
She's lost control again.
She's lost control.
terça-feira, novembro 13, 2007
GOSSIP
Norman Rockwell
Bisbilhotice – substantivo feminino singular = mexerico, intriga, cusquice (para os amigos).
Nada mais é do que a presença de um vazio interior.
Ou será como diz o nosso Eça?
Bjork - It's Oh So Quiet
Bjork fez ontem anos, sendo uma das maiores musas e contendo uma das melhores vozes da música contemporânea merece a referencia e saudações do seu aniversário neste blogue, a Islandesa completou ontem 42 primaveras e quanto a mim bem feitas por sinal!!!
O vídeo dedico ás quatro malucas de barroselas que quando ouvem esta musica quase que rebentam os tímpanos do resto dos hospedeiros...
Finalmente algo no Porto!!
Novo festival no Porto
Sons and Daughters, Tunng, 1990s e Black Strobe confirmados no Heineken Paredes de Coura Club.
Heineken Paredes de Coura Club é o nome de um novo festival a acontecer no Porto, nos próximos dias 14 e 15 de Dezembro.
A notícia foi confirmada à BLITZ por João Carvalho, da Ritmos. Do cartaz do evento fazem parte os escoceses Sons and Daughters (na foto) e 1990s, os franceses Black Strobe, os ingleses Tunng e os portugueses Sizo, bem como o DJ Jean Nippon e os New Young Pony Club, em formato de DJ set.
Todos os espectáculos acontecem no Teatro Sá da Bandeira. Os bilhetes custam 15 euros (um dia) ou 25 euros (dois dias).
Excelente iniciatiava a semelhança do que aconteçe noutros paises com vários Festivais a fazerem o mesmo, como por exemplo o Club Primavera Sound ou o Glastonbury Club. Porém acho que para ter adesão o cartaz ainda vai ter de melhorar um bom bocado, porque os Portuenses andam sedentos de boa música mas na minha opinião não ''comem'' tudo!!
Interpol@Coliseu de Lisboa
C'mere
No I in Threesome
Já que momentos como este escasseiam pela nossa cidade, nunca é demais repetir-me.....
sexta-feira, novembro 09, 2007
Grand National - By The Time I Get Home There Wont Be Much Of A Place For Me
Grande musica da minha última descoberta - Grand National!! E também um excelente videoclip!!
They say you're nothing but a party girl,
Just like a million more all over the world...
Elvis Costello - Party Girl
Girlie Magazines
quinta-feira, novembro 08, 2007
O FEMINISMO
Estou certo que a xenofobia do séc. XXI será o feminismo levado ao seu extremo, como um fanatismo comparado aos movimentos extremistas nacionalistas e/ou religiosos. A vontade da mulher feminista contemporânea passa pela vontade quase hitleriana de extermínio do homem, e se deixarmos, podemos mesmo assistir há formação de campos de trabalho forçado (trabalhos que já são os homens que fazem e as mulheres não apregoam) ou a campos de extermínio em massa.
Comecei por dizer que a igualdade defendida pelos movimentos feministas era relativa e passo a explicar porquê; já viram as mulheres a apregoar mais trabalhos de uso da força, como a exploração mineira e petrolífera, a carpintaria, ou a mestre de obras etc, etc, etc… ou a defenderem que quem deve abrir a porta do carro e pagar as contas do jantar são as mulheres, não claro que não, por isso, é caso para dizer que o feminismo deixou de ser uma luta das mulheres e passou a ser um novo fundamentalismo xenófobo do séc. XXI.
Contudo e apesar de não gostar da mulher feminista vejo no poema de António Gedeão ainda uma realidade dos tempos de hoje nas sociedades que se dizem desenvolvidas… infelizmente!!!
A Concert To Admire!!
Mais uma vez não me arrependo de me ter rendido ao ''centralismo musical'', ter feito uns kilometrositos e de ter gasto alguns euros para assistir a a horita e meia de música ao vivo!! Estou a falar do concerto de Interpol ontem a noite no fantástico coliseu de lisboa. O concerto dos Americanos Interpol estava ganho a partida , com bilhetes esgotados ha muito, uma legião de fãs que eu desconhecia existir, sedentos de ouvir pela 1ª vez os Interpol fora do contexto de um grande festival!!
E na minha opinião não desiludiram, tocaram músicas dos três albuns, sem mácula, a roçar a perfeição!
Os quatro Interpol entraram ao som da guitarra de Daniel Kessler, atirando-se parcimoniosamente ao expectante «Pioneer To The Falls». A postura da banda em palco manteve-se inalterável de início ao fim: Paul Banks (voz, guitarra) ao meio, Daniel Kessler (guitarra) à esquerda (ambos na frente de palco); atrás, o baixista Carlos Dengler (à direita) e o baterista quase quarentão Sam Fogarino (centro).
Com poucas palavras entre as músicas, os Interpol reservaram para a primeira metade do concerto êxitos como «Obstacle 1» e o novo single «Mammoth», seguramente um dos temas mais vibrantes do repertório da banda.
Sem surpresas, «Slow Hands» agitou as hostes pelas primeira vez, mas a banda não capitalizou e repousou numa extensíssima «The Lighthouse», que fez acender cigarros na plateia.
Para o final, nova remessa de êxitos: em «Evil» clamou-se por Rosemary, em «The Heinrich Maneuver» recriou-se a «sonoridade Interpol» clássica (guitarras crispantes, voz grave e solene, secção rítmica geometricamente esculpida); «PDA», tensa e feroz, representou despedida em grande estilo.
Alinhamento
Pioneer To The Falls
Say Hello To The Angels
Narc
Obstacle 1
Scale
Mammoth
No I Threesome
Slow Hands
Rest My Chemistry
The Lighthouse
Evil
C'mere
The Heinrich Maneuver
Not Even Jail
Take You On a Cruise
Stella Was a Diver and She Was Always Down
PDA
«Pioneer To The Falls»
Começou assim em Lisboa...
«Mammoth»
Por aqui passou.....
«PDA»
E assim terminou...
Como é evidente passaram por todos os clássicos, mas esses todos conhecem...
É evidente que em Lisboa foi ainda melhor (Mas ainda não há videos!!) porque eu estava lá!!
Contêm excertos e fotos da reportagem efectuada pelo Blitz
Calçada de Carriche
sobe a calçada,
sobe e não pode
que vai cansada.
Sobe, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe
sobe a calçada.
Saiu de casa
de madrugada;
regressa a casa
é já noite fechada.
Na mão grosseira,
de pele queimada,
leva a lancheira
desengonçada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Luísa é nova,
desenxovalhada,
tem perna gorda,
bem torneada.
Ferve-lhe o sangue
de afogueada;
saltam-lhe os peitos
na caminhada.
Anda, Luísa.
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Passam magalas,
rapaziada,
palpam-lhe as coxas
não dá por nada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Chegou a casa
não disse nada.
Pegou na filha,
deu-lhe a mamada;
bebeu a sopa
numa golada;
lavou a loiça,
varreu a escada;
deu jeito à casa
desarranjada;
coseu a roupa
já remendada;
despiu-se à pressa,
desinteressada;
caiu na cama
de uma assentada;
chegou o homem,
viu-a deitada;
serviu-se dela,
não deu por nada.
Anda, Luísa.
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Na manhã débil,
sem alvorada,
salta da cama,
desembestada;
puxa da filha,
dá-lhe a mamada;
veste-se à pressa,
desengonçada;
anda, ciranda,
desaustinada;
range o soalho
a cada passada,
salta para a rua,
corre açodada,
galga o passeio,
desce o passeio,
desce a calçada,
chega à oficina
à hora marcada,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga;
toca a sineta
na hora aprazada,
corre à cantina,
volta à toada,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga,
puxa que puxa,
larga que larga.
Regressa a casa
é já noite fechada.
Luísa arqueja
pela calçada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada,
sobe que sobe,
sobe a calçada,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Anda, Luísa,
Luísa, sobe,
sobe que sobe,
sobe a calçada.
Dedico este poema a todas as Luisas espalhadas pelo mundo fora
Poema de António Gedeão
PS: O Pintinho gosta muito deste poema... até ja o recitou
quarta-feira, novembro 07, 2007
A mulher que ELES chamam fatal
segunda-feira, novembro 05, 2007
Lesão de Figo
Toda a comunicação social empolou o lance duma forma demasiadamente excessiva... tentando dizer que o checo Nedvěd teve uma entrada demasiadamente maldosa... Após uma análise calma, reparei que Nedvěd chega mesmo a tocar na bola... Estamos a falar de um jogador que durante toda a sua carreira levou uma conduta extremamente correcta e plena de Fair-Play... e não se esqueçam que o oposto não se verifica! O lance é totalmente ocasional... até creio que o cartão amarelo é exagerado...
Acho que a comunicação social portuguesa por vezes devia analisar melhor os factos antes de os comentar!!! Mas isso talvez seja o mais difícil!!!
Tocam no menino... ui ui...