A Comissão de Jovens de Ramalde (Porto) defende que a Quinta da Prelada, incluindo o extinto parque de campismo, seja um espaço verde de usufruto público. E não uma área fechada, sem utilidade aparente e com parte do património edificado em profunda degradação. Com o objectivo de alertar para a situação, a Comissão de Jovens promoveu uma visita à Quinta da Prelada, ontem de manhã, para a qual foi convidada a população e as instituições da freguesia.
"É uma luta de vários anos da Comissão de Jovens de Ramalde. Esta foi a primeira acção de uma série de iniciativas que vamos realizar com este objectivo", explicou, ao JN, Joel Azevedo. O ciclo de acções em defesa da Quinta da Prelada insere-se nas comemorações do 25.º aniversário da Comissão de Jovens.
A visita foi guiada pelo historiador Joel Cleto, que apontou o valor patrimonial do conjunto, considerado como "a maior obra de arquitectura paisagística de Nicolau Nasoni" (autor, por exemplo, da Torre dos Clérigos).
"O Porto é a cidade europeia com menos espaços verdes públicos por metro quadrado. Todos os espaços, como a Quinta da Prelada devem ser aproveitados", observou Joel Azevedo, fazendo notar que, também com o fim do parque de campismo, o espaço urbano ficou sem qualquer equipamento do género.
No outro lado da Via de Cintura Interna (a Quinta está separada pela estrada), a Casa da Prelada e espaços envolventes também se encontram ao abandono. Joel Azevedo referiu que, para o edifício, está projecto um equipamento de âmbito cultural, mas que tarda em ser concretizado. "Os jardins estão muito maltratados", acrescentou Joel Azevedo, reiterando que a Comissão vai promover mais iniciativas "com os ramaldenses", tendo em vista a luta pela reabilitação e a pela abertura ao público em geral da Quinta da Prelada. HS
2 comentários:
Estou de alma e coração em todas as iniciativas em prol desta Quinta. Entendo que este espaço magnifico não pode ser esquecido e urge cuidar da sua manutenção.
Este espaço é algo único e seria muito interessante todos nós Ramaldenses, portuenses, portugueses e estrangeiros, podermos usufruir deste espaço, para o qual tarda uma solução.
Poder usufruir de um espaço deste tipo aqui na Freguesia é algo que, como Ramaldense, me carregaria de muito orgulho e felicidade. É um sonho que tenho desde pequeno, quando nele entrava saltando o muro acompanhado de outros amigos de infância. Ainda me lembro de, juntamente com o meu irmão, fugir de dois cães (pastor-alemão) de lá da quinta. Safa-mo-nos porque conseguimos subir um muro enorme. Ainda hoje não percebo como conseguimos subir aquele muro. Quando tem mesmo de ser acontecem milagres! :-)
Se há algo gratificante é o facto de um cidadão poder identificar-se com os espaços onde habita.
É muito importante que as entidades competentes nos informem do ponto de situação deste espaço e que a solução conjugue ambiente e cultura de uma forma harmoniosa.
Já se arrasta há quase 2 anos...
Já agora, no que eu puder ajudar para isto não ser esquecido...
Gostaria de saber qual a vossa opinião quanto ao uso a dar a este local.
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