sexta-feira, março 28, 2008

Portishead@Coliseu do Porto


HIPNOTIZANTE
Trip Hop is Back in Town Again!!

Confesso que estava um bocado espectante, até com medo de sair desiludido!! São uns anitos sem editar cd´s, fazer concertos, já para não falar de se tratar de um estilo de música (Trip hop) que teve um gigantesco hype nos anos 90, mas hoje em dia já não é visto com o mesmo brilhantismo!! Fui um bocado à espera de matar saudades recordando clássicos como «Glory Box», «Wandering Star» (Momento Fantástico!), «Sour Times», «Roads», «Only you» e também de ser surpreendido pelas novas músicas.
E não é que a coisa se deu mesmo?! Os Portishead continuam aí para as curvas e a música continua "negra", hipnotizante, depressiva, direitinha ao cerebro....
A genialidade do trio britânico continua intacta e envolta na mesma aura de secretismo de sempre e a voz da Beth Gibbons continua sofrida, soturna, cavernosa! Os efeitos visuais também estão exclentes!! Quanto ás músicas novas destacam- se «Machine Gun» e «Threads» com uma sonoridade um bocado diferente com mais guitarra, bateria e electrónica. Um som mais orgânico, se é que me consigo fazer entender.
Avaliando por uma noite cravejada de bons momentos, os Portishead do século XXI prometem ser tão válidos em palco quanto aqueles que abandonaram a ribalta há dez anos atrás. O concerto do Sudoeste será sempre uma memória feliz, mas a noite de ontem tem já também lugar assegurado no baú de recordações.
Outro promenor talvez insignificante mas que para mim ajudou a "enfeitar" o momento foi o mau tempo. Esteve um dia soturno, escuro e choveu muito, ou seja, um dia " à la" Portishead, pelo menos para mim!!
E porque o Youtube não serve só para mostrar momentos infelizes, aqui ficam alguns videos:

Portishead - Machine Gun@Coliseu do Porto


Portishead - Wandering Star@Coliseu do Porto


Portishead Live@ Coliseu do Porto

1 comentário:

Mr.Duke disse...

Quando a vida se torna vida, quando se vive tal e como a utopia de um "carpe diem" mesmo que por breves horas ou instantes.
Viagens com um bilhete de maior dimensão que qualquer inter rail.
Sentidos, emoções, sentimentos, tudo no limiar da capacidade humana.
São estes momentos que dão voz a tão propalada expressão do recordar é viver, a forma como os sentimos, partilhamos e iremos reviver ao toque de uma lembrança de uma frase, uma música ou um mero acorde.
Foi como disse e muito bem o mura uma noite a l'portishead e que perdurará na mente e memória por tempo indeterminado e intemporal.
Vale a pena, valerá sempre a pena, foi bom, muito bom, delicioso.

Please could you stay awhile to share my grief
For its such a lovely day
To have to always feel this way
And the time that I will suffer less
Is when I never have to wake

Wandering stars, for whom it is reserved
The blackness of darkness forever
Wandering stars, for whom it is reserved
The blackness of darkness forever

... Those who have seen the needles eye, now tread
Like a husk, from which all that was, now has fled
And the masks, that the monsters wear
To feed, upon their prey

Wandering stars, for whom it is reserved
The blackness of darkness forever
Wandering stars, for whom it is reserved
The blackness of darkness forever