segunda-feira, outubro 09, 2006

O Porto a passo e olho de turista

Gostar da cidade natal é quase inato. Gostar mesmo dela não..
Mais do que as ruas, os edificios e seus habitantes, cada cidade tem a sua história, ritmo e espirito, e entre trabalhos, tarefas e afins nem damos conta do que existe mesmo à nossa volta!
Descobrir novos espaços dentro de um já conhecido torna-se uma experiência rica em sensações e estimulante para corpo e alma. Nos últimos tempos, e cada vez mais, tenho vindo a descobrir a "nossa" cidade e aprendido de que é feita a chamada invicta.. E há gostos para tudo e todos: esplanadas solarengas ao inicio da manha, cafés e salões de chá para confissoes e refúgios a dois, bares e espaços nocturnos mais modernos repletos de interesses e actividades para-além do lazer. Há também os jardins, escassos mas de uma certa maneira vitais e carismáticos,fontes de vitalidade, praças, avenidas, recantos.. tantos tão escondidinhos e imaculadamente assim mantidos e protegidos que quase não apetece dá-los e conhecer..
A passo e olho de turista descobri onde passar uma tarde em refúgio ou uma noite ao som de boa música, Conheci espaços ideais para visitar sozinha, outros acompanhada e, mais importante, aprendi a conhecer o ritmo e propósito de cada um.
Embora sem nenhuma outra para comparar, penso que o que me faz gostar do Porto é isto..ter vários espaços e zonas diferentes, numa corrente que se liga (quase) coerentemente e apta a todo o tipo de utilizações. E mais importante do que os aspectos visuais e riquezas culturais é saber onde encontrar o quê e conseguir, ao longo das estações do ano e disposições, encontrar sempre um sítio onde nos sintamos bem.
Por isto e pelo que conheço, gosto e recomendo,portanto, um olhar mais atento e um espirito mais curioso.

Beijos e abraços,
Inês.

2 comentários:

Joel Azevedo disse...

Luís,
Que giro... Agora fazes o mesmo, mas sem descobrir a cidade.
Há uma coisa que na vida é essencial, a mais essencial de todas, uma coisa nossa e de mais ninguém, aquela coisa que nunca devemos revelar onde fica nem se quer falar do assunto. Porque revelar onde fica o alfaiate é revelar a parte mais íntima e pessoal de um ser humano.

Inesinha,
Felicito-te por olhares a cidade com olhos de ver, como tu o dizes a olho de turista. Mas conhecer cidade não é só com olho de turista, julgo que a beleza que existe no Porto é o “Porto sentido”, ou seja, as pessoas, as festas populares, as tradições, os usos e costumes, julgo que isso sim faz esta cidade ser tão particular. A melhor maneira para se conhecer uma cidade é indo ao encontro das suas origens.
Mas claro que conhecer a cidade é também conhecer os edifícios, as casas, as ruas, as pontes.
E para conhecer o Porto nada melhor que passear pelo centro histórico, declarado património mundial pela UNESCO em 1997, e viajar na história visitando tudo o que ele tem para lhe oferecer, como a Torre dos Clérigos, a Sé Catedral do Porto, a Igreja Românica de Cedofeita, a Igreja de São Francisco, a Igreja de Santa Clara, a Igreja do Carmo, o Palácio da Bolsa, a muralha Fernandina, a Casa do Infante e não se pode esquecer do tradicional Mercado do Bolhão e dos exemplos da contemporaneidade como a Casa Museu de Serralves e a novíssima Casa da Musica.

Ines Sa disse...

Luis,
Fico contente por te identificares com o meu texto e, ainda mais, por saber que frequentas alguns dos espaços que julguei desconhecidos..!
O alfaiate por exemplo..mal to dei a conhecer fizeste questão de o conhecer ainda melhor que eu fazendo-te cliente!Gostei..! :p

Joel,
auto cito-me a fim de te responder..
"Mais do que as ruas, os edificios e seus habitantes, cada cidade tem a sua história, ritmo e espirito" e também "Conheci espaços ideais para visitar sozinha, outros acompanhada e, mais importante, aprendi a conhecer o ritmo e propósito de cada um.". Como te expliquei antes, evitei um texto muito longo e descritivo, fazendo ver apenas o bom e importante que é viver numa cidade que nos satisfaz em todos os sentidos, quer seja conhecendo as pessoas, as tradiçoes, a própria história e, claro todas as infrastuturas e espaços existentes. Tudo o resto que poderia "dar a conhecer/ver" fica para trabalho de casa.. "recomendo,portanto, um olhar mais atento e um espirito mais curioso." :)