Historia da Torre dos Clérigo
Da autoria do pintor e arquitecto italiano Nicolau Nasoni, a Igreja dos Clérigos começou a ser construída em 1732. Foi uma das obras mais imponentes de Nasoni e é uma das representações mais marcantes do estilo barroco. Mas o verdadeiro "ex-libris" da cidade do Porto é a torre que se ergue na cabeceira da igreja.
Com 75 metros de altura, a Torre dos Clérigos foi erguida entre 1748 e 1763, também em estilo barroco. Na parte exterior da igreja avista-se uma escadaria dupla ornamentada de vasos esculpidos em pedra. Ainda no exterior, as estátuas de S. Pedro e de S. Filipe de Néri habitam dois nichos em forma de conchas.
O interior do templo é composto por uma nave de forma elíptica. Logo à entrada, uma imagem do Arcanjo S. Miguel segura um escudo de madeira. Na capela-mor encontra-se um trono com a imagem da Virgem e uma urna com os restos mortais de Nicolau Nasoni e do mártir Santo Inocêncio.
Clérigos Bohemia
O edifício e a emblemática torre dos Clérigos encontram-se em restauro, nada contra, a não ser que o esplendor edifício barroco, a imponente Torre e Igreja dos Clérigos, estão agora envoltos por uma tela gigante onde predomina o vermelho e se faz publicidade à cerveja Bohemia, com o Pierce Brosman a toda a altura da torre a convidar para beber uma Cervejinha que ainda por cima é Sagres.
Nada de mais, afinal de contas a receita original desta cerveja tem origens nos enclausuramentos dos mosteiros.
Não querendo ser regionalista ou parecer provinciano, talvez para o Porto fosse mais apropriada a Abadia da Superbock a cor escolhida nunca deveria ser o vermelho mas sim o azul e com uma figura nacional em vez do Pierce Brosman, mas logicamente que o mais apropriado seria colocar uns toldos onde fosse retratada uma imagem da própria Torre e Igreja dos Clérigos.
Ao abrigo do Programa "Porto com Pinta", programa da Câmara Municipal do Porto para restaurar o centro histórico do Porto, estabeleceu um protocolo que permitiu erguer a tela gigante que publicita a cerveja. O Sr. Presidente da Câmara, esse senhor que diz que não gosta de ler, não vê televisão, que critica a imprensa, que hostiliza e maltrata as instituições da cidade e que extingue as instituições que promovem a cultura (CulturPorto que funcionava no Rivoli), ainda faz estes atentados públicos ao património, numa altura em que somos invadidos de turista.
Nada de mais, afinal de contas a receita original desta cerveja tem origens nos enclausuramentos dos mosteiros.
Não querendo ser regionalista ou parecer provinciano, talvez para o Porto fosse mais apropriada a Abadia da Superbock a cor escolhida nunca deveria ser o vermelho mas sim o azul e com uma figura nacional em vez do Pierce Brosman, mas logicamente que o mais apropriado seria colocar uns toldos onde fosse retratada uma imagem da própria Torre e Igreja dos Clérigos.
Ao abrigo do Programa "Porto com Pinta", programa da Câmara Municipal do Porto para restaurar o centro histórico do Porto, estabeleceu um protocolo que permitiu erguer a tela gigante que publicita a cerveja. O Sr. Presidente da Câmara, esse senhor que diz que não gosta de ler, não vê televisão, que critica a imprensa, que hostiliza e maltrata as instituições da cidade e que extingue as instituições que promovem a cultura (CulturPorto que funcionava no Rivoli), ainda faz estes atentados públicos ao património, numa altura em que somos invadidos de turista.
Eu já sabia que Rui Rio não gostava dos Portistas, das vendedeiras do Bolhão, dos promotores de arte e espectáculos e dos Portuenses em geral, mas ainda não sabia que não gostava do Porto e dos seus monumentos.
Mas o que realmente me custa é que o patrocínio não seja da Superbock a cor azul e o indivíduo o Pinto da Costa.
6 comentários:
Independentemente da empresa que patrocina, da cor, da pessoa envolvida a ideia é genial!!!
Em vez de se mostrar um monumento histórico a ser alvo de reconstrução tal e qual um estaleiro, consegue-se dinheiro que poderá ser utilizado na reconstrução do próprio ou outro monumento. Não precebo o fundamento da critíca.
Caros amigos,
Tenho a honra de vos informar que o restauro da torre dos clérigos foi financiado por todos nós contribuintes e que apenas se conseguiu obter de receita 25 mil euros (5 mil Contos) oriundo da publicidade, muito pouco para o tempo que estará afixada.
A questão de vocês não perceberem tem de certeza haver com a indiferença e pouca sensibilidade que Vossas Ex.cias parecem denotar com os monumentos da cidade. E porque também não vierão ao Porto passar as vossas férias e quando da visita do “ex-libris” da cidade encontram o Pierce Brosman de um lado e um copo de cerveja do outro.
Não sendo eu um católico julgo que as imagens para o consumo de cerveja nada tem a haver com a instituição igreja, apesar de eu achar que fica bem com a maioria das barrigas dos padres, por isso julgo eu que esta publicidade é de mau agoiro.
Em relação ao Teatro Rivoli, que é o nosso teatro municipal, esta agora em risco de cair em mãos alheias. Sabemos que á um défice no investimento da cultura na cidade quer com iniciativas com grande publico alvo (FANTAS) como com iniciativa com menor participação mas grande qualidade como a dinamização do Rivoli, julgo que deveria haver certamente uma remodelação da CulturPorto na gestão do Rivoli para contenção de custos, mas nunca dar a concepção de um teatro desta natureza e restaurado pelo dinheiro público a privados sem uma linha da actuação que não seja a promoção de novos artistas e novos públicos, porque a cultura tem que chegar a todos e ser para todos.
A actual Câmara Municipal do Porto avalia a cultura através da máquina de calcular, certamente o Sr. Presidente avalia o valor de uma pintura de Van Gogh pela quantidade da tinta e de metro quadrado de tela e uma escultura do Soares dos Reis pelo quilo de mármore.
«A actual Câmara Municipal do Porto avalia a cultura através da máquina de calcular, certamente o Sr. Presidente avalia o valor de uma pintura de Van Gogh pela quantidade da tinta e de metro quadrado de tela e uma escultura do Soares dos Reis pelo quilo de mármore», escreve Joel Azevedo.
E tem razão. Não basta conhecer as cores para se ser pintor, não basta usar gravata para se ser político.
No entanto, o Presidente da Câmara do Porto não é o Ministro da Cultura. Ao autarca cabe gerir (também com o nosso dinheiro) toda uma autarquia que tem problemas a mais e dinheiro a menos.
Como diz o Povo, quem não tem cão caça com gato. Ou seja, quem deve dizer se sua justiça é esse mesmo Povo. Esse mesmo que elegeu José Sócrates mas também Rui Rio e que, creio, não compreenderá muito bem a razão porque tem de ajudar a sustentar ou a manter uma estrutura de elite, com espectáculos de elite que, contudo, estão muitas vezes às moscas.
Começo por uma contradição. Como não uso gravata, não sou um político. Mas como todos os seres humanos são políticos, posso dizer que, não se é politico seis ou sete horas por dia a uns tantos euros por mês, mas sim 24 horas por dia, mesmo estando (des)empregado.
Não coloquei aspas mas a frase é do jornalista Orlando Castro, mas com jornalista onde se lê politico.
Como sabe não cabe á ministra da cultura decidir sobre o Rivoli o único teatro de gestão municipal do Porto, enquanto Lisboa tem três.
Enquanto ao dinheiro gasto, julgo que é esta uma das missões do poder publico a promoção da cultura, da arte e espectáculos assim como na ajuda da construção de novos artistas. Não é gastar dinheiro é uma das formas de educar e melhor preparar uma sociedade que como sabemos já tem algumas debilidades para que o poder autárquico não olhe com olhos de ver para esta situação e a veja como uma forma de desenvolvimento.
Mas logicamente defendo o rigor no controlo gestão do dinheiro público. Por isso referi, em cima, que deveria haver uma reformulação da CulturPorto para que fosse menos dispendiosa e mais atractiva, sem que com isso se torne somente numa sala de espectáculos de massas sem qualquer qualidade e pensado no lucro, em vez de uma sala com a promoção de cultura de qualidade.
Mas e porque a cultura se aprende estou completamente em desacordo que o Rivoli passe para a gestão privada quando tem forma de conseguir que seja quase todo auto-financiada se bem gerido.
Kandandu,
Independentemente do restauro da torre dos clérigos ter sido financiado por todos nós (contribuintes) é inegável que a publicidade traz um incremento monetário aos cofres da camâra municipal do Porto.
A juntar a isso é preferivel no meu entender ver os tais taipais com a publicidade do que a torre em obras, com tudo o que isso acarreta do ponto de vista visual.
Como Portuense e residente na cidade tudo o que contribuir para melhorar a situação económica da camâra e por consequência da cidade é muito bom!!
Acho que a maioria dos Portuenses pensa assim, excepto os que emitem a opinião da "oposição" e não de cidadão.
Muito provavelmente essa quantia, mesmo que pouca, serve para minorizar o prejuizo que o Rivoli provoca bem como o custo adicional que o embargo de obras (Tunel de Ceuta) provoca.
A se verdade que a publicidade só rendeu 25 mil euros o sr. Rui Rio so peca por ser mau negociante, porque a ideia é excelente.
Mas tendo em conta a opinião da "oposição" que não traria nenhum valor acrescentado até se pode dizer que é um bom valor!!
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