Na noite de 9 de Novembro de 1989, quando as primeiras pedras do Muro de Berlim começaram a colapsar, centenas de alemães da antiga República Democrática Alemã pegaram no seu velho e resistente Trabant - o carro-símbolo do depauperado regime comunista que imperava do lado oriental da cidade e do país - e rumaram ao tão almejado Ocidente, ao encontro dos familiares separados durante 28 anos. O velho e simples Trabant é, desde aí, acarinhado por ter sido o veículo dessa marcha. E está agora de parabéns, no mês em que se completam 50 anos sobre o início do seu fabrico.
O Trabant é, mais do que qualquer outra coisa, um ícone da divisão do mundo, tal como o século XX o conheceu, em duas esferas ideológicas. (...)
Começado a construir em 1957, mais precisamente a 7 de Novembro, na fábrica da Sachsenring (que justifica o S que distingue a marca), na cidade de Zwickau, o Trabant, cujo nome remete para a típica expressão comunista de camarada, neste caso “camarada de viagem”, foi pensado para fazer face à escassez de meios e materiais com que o Leste da Europa se confrontava.Feito de uma espécie de fibra de vidro misturada com algodão reciclado, o Trabant foi feito para durar, apesar dos desafios que o frio extremo do Leste europeu colocava aos frágeis materiais. Mas sobreviveu. Sobreviveu à queda dos regimes comunistas para cujos ideais foi construído. E é hoje um objecto de culto dos alemães e checos que não se desfazem dos seus Trabant. E é também uma dor de cabeça para quem se dedica à reciclagem de carros usados, uma vez que o seu material reciclado, ironicamente, é quase impossível de reciclar. (...)
O Trabant é, mais do que qualquer outra coisa, um ícone da divisão do mundo, tal como o século XX o conheceu, em duas esferas ideológicas. (...)
Começado a construir em 1957, mais precisamente a 7 de Novembro, na fábrica da Sachsenring (que justifica o S que distingue a marca), na cidade de Zwickau, o Trabant, cujo nome remete para a típica expressão comunista de camarada, neste caso “camarada de viagem”, foi pensado para fazer face à escassez de meios e materiais com que o Leste da Europa se confrontava.Feito de uma espécie de fibra de vidro misturada com algodão reciclado, o Trabant foi feito para durar, apesar dos desafios que o frio extremo do Leste europeu colocava aos frágeis materiais. Mas sobreviveu. Sobreviveu à queda dos regimes comunistas para cujos ideais foi construído. E é hoje um objecto de culto dos alemães e checos que não se desfazem dos seus Trabant. E é também uma dor de cabeça para quem se dedica à reciclagem de carros usados, uma vez que o seu material reciclado, ironicamente, é quase impossível de reciclar. (...)
Fonte: Público
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